quinta-feira, 10 de março de 2011

The Fighter - O Último Round






Título Original: The Fighter

Género: Biografia

Realização: David O. Russell

Interpretação: Mark Wahlberg, Christian Bale, Amy Adams, Melissa Leo

País: Estados Unidos da América






Sinopse: Dicky Ecklund (Christian Bale) é uma antiga lenda do pugilismo que desperdiçou os seus talentos e deitou fora a sua oportunidade de grandeza. Micky Ward (Mark Wahlberg), o seu meio-irmão, é um pugilista batalhador que viveu toda a vida na sombra do irmão. The Fighter é a história verídica e inspiradora destes dois irmãos que, contra todas as expectativas, se aproximam para treinar para um histórico combate pelo título que irá unir a sua família desfeita, redimir os seus passados e dar finalmente à sua cidade aquilo por que esta tanto espera: orgulho.





Quantos filmes de boxe é que já foram produzidos até hoje? Imensos! Quantos é que devem ter sido realmente bons? Poucos... O último filme sobre pugilismo a ganhar um Óscar ou a ser reconhecido, terá sido Million Dollar Baby de Clint Eastwood. Um grande realizador, um grande filme e uma grande prestação de Hilary Swank, valendo-lhe o segundo Óscar da carreira. Porque é que esse filme ganhou? Talvez porque a história era completa, não era o típico filme de boxe onde só se vê isso mesmo e sangue a espinchar por todo o lado.
Enfim... Porque é que este filme foi reconhecido ao ponto de ser nomeado para 6 prémios da Academia? Porque conta a história de alguém... Alguém que realmente viveu. Mas porque, principalmente, conta uma história. Não é o típico filme de luta que não nos diz rigorosamente nada, porque não possui conteúdo algum.
O filme é baseado na história de Micky Ward e na sua dedicação para chegar ao topo. Para isso, terá de lutar contra a própria família, para que o deixem tomar as suas próprias decisões.
A experiência de Dicky será fundamental para que Micky se torne num bom pugilista. E também o fará perceber qual o caminho que não deve seguir. Acima de tudo, fará com que o seu empenho seja ainda maior, para conseguir atingir o que pretende.
Charlene (Amy Adams) abrirá os olhos de Micky face à sua família. Ela irá ajudá-lo a perceber que tem de tomar as suas próprias decisões e não poderá estar sempre à espera que a mãe, Alice (Melissa Leo), decida tudo por ele.
Melissa Leo mereceu o Óscar de melhor actriz secundária, pois o seu papel é bastante difícil de concretizar. É uma mãe egoísta e que pretende que os filhos façam tudo o que ela quer. Mas ao mesmo tempo, é o tipo de mãe preocupada, à sua maneira. Para ela o mais importante é que os filhos tenham uma boa vida, mas nem sempre age da melhor forma para que estes percebam isso.
O papel de Mark Wahlberg não é nada de especial. Talvez porque, na verdade, Micky Ward não lhe possibilite fazer melhor porque era realmente assim. Mas o que é certo é que, por melhor que a sua interpretação tenha sido, não sei se foi suficiente para a sua nomeação como actor principal. De qualquer forma, acho que deu bastante ao filme.
O melhor do filme? Sem dúvida, a prestação de Christian Bale! Foi bastante complicado perder tanto peso para que pudesse tornar a sua personagem o mais real possível, mas o que importa é que com esforço e dedicação conseguiu e fez o melhor papel do filme!
Resumindo, é o típico filme em que o lutador perde montes de vezes e no fim consegue ganhar... Acho que a maioria dos filmes do género são assim. Mas, como disse, o que o torna diferente, não é o facto de Micky conseguir ganhar ou não. É a história em si e o facto de ser verdadeira.

terça-feira, 1 de março de 2011

Óscares 2011


Na noite de 27 de Fevereiro, o mundo dos amantes de cinema parou completamente. Todos aqueles que são viciados (num bom sentido) na sétima arte ansiavam pela hora em que seriam revelados os melhores deste ano! Eu fui uma dessas pessoas.
Gostei bastante da gala e acho que o palco estava espectacular! A tecnologia desenvolvida no palco do Kodak Theatre trouxe muito ao espectáculo!
Quanto aos apresentadores, como seria esperado, não foi a típica stand up comedy exercida por muitos outros que passaram pelo mesmo reconhecimento! Mas acho que estiveram à altura da noite mais importante do cinema e fizeram o que lhes competia.
A ovação da noite foi, sem dúvida, quando Kirk Douglas entrou no palco. Um ícone tão importante do cinema não merecia menos que isso.
Quanto aos vencedores e nomeados, há bastante a dizer… Mas também, como se diz, não se pode agradar a gregos e troianos. Há coisas com as quais concordamos, outras com as quais discordamos. O importante é que todos tiveram o reconhecimento merecido ao serem indicados aos prémios mais importantes da área.
O Discurso do Rei foi o vencedor da noite, embora tenha sido indicado para 12 Óscares e apenas tenha levado 4 para casa. Mas foram os 4 mais importantes e isso é que importa.



The King’s Speech, The Social Network, Black Swan, True Grit, The Fighter, 127 Hours, The Kids Are All Right, Inception, Toy Story 3 e Winter’s Bone, eram os filmes indicados para a categoria mais importante da noite: Melhor Filme. Todos bons filmes, mas nem todos tão bons assim. A corrida ao Óscar era disputada apenas entre dois dos dez filmes presentes. Alguns disseram que seria a corrida entre o filme fala-barato e aquele que possui problemas de fala. Talvez até tenham razão. O que é certo é que um filme britânico conseguiu arrecadar um Óscar e houve bastante polémica envolvida. O classicismo ultrapassou o moderno e premiou aquele que realmente merecia. Não por ser britânico ou clássico, mas sim por ser o melhor filme de entre os nomeados. E isto não é uma afronta à era da tecnologia, ou um retrocesso. Simplesmente era um filme que nos dizia alguma coisa. Tocava as pessoas. Acho que “A Rede Social” era um bocado frio. E o melhor filme deve criar sentimentos em quem o vê.

Darren Aronofsky (Black Swan), David O. Russel (The Fighter), Tom Hooper (The King’s Speech), David Fincher (The Social Network) e Joel e Ethan Coen (True Grit), estavam nomeados para a categoria de Melhor Realizador. Acho que aqui, todos poderiam ganhar. São todos bons realizadores. Mas acho que o realizador que mais merece ganhar é aquele cujo o filme é escolhido para ser o melhor. Todos fizeram um bom trabalho e foram reconhecidos por isso. O trabalho de Tom Hooper destacou-se. A sua visão e empenho valeram-lhe o Óscar. Foi bastante merecido. O filme está mesmo muito bom e isso não seria possível se não tivesse um óptimo realizador por detrás das câmaras!
Houve uma coisa que me fez espécie nesta edição dos Óscares, mas principalmente nesta categoria e na de cima: o facto de Clint Eastwood não ter sido nomeado com Hereafter! Como é que um realizador deste calibre lança, talvez, um dos melhores filmes do ano e isso não é reconhecido? Eu sei que não podem ser todos indicados e tudo isso. Mas ele era um dos mais merecedores!


Javier Bardem (Biutiful), Jeff Bridges (True Grit), Jesse Eisenberg (The Social Network), Colin Firth (The King’s Speech) e James Franco (127 Horas), indicações para o Melhor Actor principal. Ainda não vi o Biutiful, mas tenho a certeza que a prestação de Javier Bardem não desilude. Ele é o tipo de actor que cativa logo no primeiro papel e que nunca desilude, qualquer que seja o próximo personagem e a forma como este o interpreta. Um actor da velha guarda como Jeff Bridges tinha de ser reconhecido no típico western americano. Jesse Eisenberg pode ser bom actor, mas neste filme não deu para nos apercebermos bem disso. Sendo assim, pode ser que consiga um Óscar com papéis um pouco mais fortes. A interpretação de Colin Firth deixa-me completamente sem palavras! O problema de James Franco não terá sido a sua prestação menos boa ou a menor qualidade do filme. Nada disso aconteceu. Mas é complicado conseguir ganhar alguma coisa quando se é nomeado com grandes nomes e papéis do cinema! A meu ver, ganhou o melhor. Não por ser o melhor actor dos cinco, pois isso pode ser discutível, mas porque fez a melhor interpretação das cinco nomeadas.

Annette Bening (The Kids Are All Right), Nicole Kidman (Rabbit Hole), Jennifer Lawrence (Winter’s Bone), Natalie Portman (Black Swan) e Michelle Williams (Blue Valentine), eram aquelas que foram indicadas para o prémio feminino mais importante da gala: Melhor Actriz Principal. A actriz Annette Bening sempre nos surpreendeu nos seus papéis e este terá sido mais um deles. Não posso comentar a interpretação da Nicole Kidman porque não conheço mesmo o filme, mas como não foi nomeado para outras categorias, seria difícil que a mesma levasse o Óscar para casa! Winter’s Bone não foi o filme que fez com que Jennifer fosse destacada, mas a nomeação já foi um bom reconhecimento. O que dizer da interpretação de Natalie Portman? Magnífica? Exuberante? Espectacular? Tantos e tantos adjectivos que poderíamos usar… Mas acho que o facto de a terem premiado nos poupa bastante! A sua interpretação era, claramente, aquela que devia ser destacada. O facto de uma actriz de um filme independente ser nomeada é um reconhecimento enorme! Talvez ainda maior que o reconhecimento que tiveram as outras actrizes cujos filmes foram produzidos pelos maiores estúdios cinematográficos!

Christian Bale (The Fighter), John Hawkes (Winter’s Bone), Jeremy Renner (The Town), Mark Ruffalo (The Kids Are All Right) e Geoffrey Rush( The King’s Speech), interpretações mais importantes para Melhor Actor Secundário. Christian Bale mereceu o prémio, visto que já devia ter sido reconhecido há muito mais tempo. Conseguiu-o agora com um excelente papel. De qualquer forma, gostaria que ganhasse o Geoffrey, talvez por gostar mais de “O Discurso do Rei”… A interpretação de Rush é magnífica!

Amy Adams (The Fighter), Helena Bonham-Carter (The King’s Speech), Melissa Leo (The Fighter), Hailee Steinfeld (True Grit) e Jacki Weaver (Animal Kingdom) foram as escolhidas pela academia na corrida para o Óscar de Melhor Actriz Secundária. Acho que aqui, o meu gosto pelo trabalho da actriz que preferia que ganhasse era maior do que talvez o discernimento para comparar se realmente a sua interpretação foi melhor que a de Melissa Leo. Eu gosto bastante do trabalho de Helena Bonham-Carter e gostei muito da forma como desenvolveu o seu papel no filme em questão. Mas, para Melissa Leo ter ganho, esta não deve ter sido a melhor interpretação das cinco.

Toy Story 3, How To Train Your Dragon e The Illusionist foram os escolhidos para a categoria que faz as delícias dos mais novos: Melhor Filme de Animação. Gostei mais do filme “Como treinares o teu dragão”, mas o Toy Story é considerado um clássico da Disney Pixar, portanto era o que se esperava. Além do mais, estava nomeado para Melhor Filme, já era certo que ganharia este prémio.

Melhor Argumento Adaptado, Melhor Montagem, Melhor Banda Sonora: The Social Network.
Era de esperar que o filme ganhasse o Óscar nesta categoria, visto que era um dos principais filmes em corrida directa para melhor filme.
Quanto à melhor banda sonora não estou de acordo, visto que constava entre os nomeados Hans Zimmer. Este compositor deu música a alguns dos melhores filmes de sempre! E não ganhou porque a banda sonora de “A Rede Social” era mais moderna e a música era electrónica.

Melhor Argumento Original: The King’s Speech
Ganhou o galardão de melhor filme. Tinha de ganhar este também. Sem um bom realizador e um bom argumento é impossível ser um bom filme. Todos estes prémios se interligam.

Melhor Fotografia, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Mistura de Som, Melhor Edição de Som: Inception
Já se esperava que Inception arrecadasse a maioria dos prémios técnicos. O filme está muito bem conseguido a nível técnico, portanto mereceu tudo o que recebeu. Foi pouco reconhecido nas categorias principais, mas pronto, não se pode ter tudo!

Melhor Direcção Artística e Melhor Guarda-Roupa: Alice no País das Maravilhas.
Foi uma surpresa, mas muito boa. O filme tem todas as qualidades técnicas necessárias para ser um dos melhores nestas áreas. O mundo de Tim Burton é totalmente reflectido nos seus filmes e essa magia é bem transmitida pelos profissionais que com ele trabalham.

Melhor Música Original: Toy Story 3
Pessoalmente, queria que ganhasse a música “I See The Light” do filme Entrelaçados. Mas pronto, lá está, o melhor filme de animação, arrecadou a melhor música original.

Melhor Caracterização: The Wolfman
Apesar de ser um filme fraco, arrecadou este prémio. A razão? Porque era o filme, de entre os nomeados, que mais necessitava de técnicas de caracterização.

Melhor Filme Estrangeiro: In a Better World (Dinamarca)
Mais uma demonstração de que o cinema Europeu continua a dar cartas no resto do mundo. É a quarta vez que um filme dinamarquês ganha um Óscar para melhor filme estrangeiro. É uma prova de que devemos estar atentos a uma maior diversidade de filmes e não só aos americanos.

Melhor Documentário: Inside Job
Com a sociedade actual afundada numa crise económica, acho que o documentário é mais do que conveniente. Expõe factos que realmente interessam a todos e que muitos desconhecem.

Melhor Curta-Metragem de Imagem Real: God Of Love

Melhor Curta Metragem de Animação: The Lost Thing

Melhor Curta-Metragem – Documentário: Strangers No More

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

The King's Speech - O Discurso do Rei







Título Original: The King's Speech (2010)
Género: Drama
Realização: Tom Hooper
Interpretação: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham-Carter
País: Inglaterra









Sinopse: Desde os 4 anos que George  é gago. Este é um sério problema para um integrante da realeza britânica, que frequentemente precisa fazer discursos. George procurou diversos médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes. Quando sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta de fala de método pouco convencional, George está desesperançoso. Lionel coloca-se de igual para igual com George e atua também como seu psicólogo, de forma a tornar-se seu amigo. Os seus exercícios e métodos fazem com que George adquira autoconfiança para cumprir o maior de seus desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce).



Se gostam de um bom filme histórico, esta é a película que vos vai manter agarrados ao ecrã! Talvez seja o afecto entre Elizabeth e George, ou a excentricidade de Lionel ou até, quem sabe, os excelentes gaguejos de George... Ou simplesmente, toda a história!
A história de George é comovente... Desde as causas da sua gaguez a ter-se habituado a escrever com a mão direita por obrigação... O alívio dele por não ser o sucessor directo ao trono e depois a sua angústia por achar que não foi feito para reinar. A sua vida comoveu os súbditos na altura e comove-nos a nós, passados cerca de 75 anos! A forma como ele não desiste de tentar melhorar a sua voz, mesmo que não possua muitas esperanças...
A personagem de Geoffrey Rush é espectacular. Um homem excêntrico, sem credenciais médicas, consegue o que muitos não conseguiram: devolver a George a sua auto-confiança. A questão central do filme não está em curar a gaguez do rei, mas sim transmitir-lhe coragem para que ele possa vencer os seus medos e tornar-se no soberano que o povo espera. É o único que consegue fazer com que George fale na sua infância e conte porque é tão problemático.
A personagem de Helena Bonham-Carter é essencial nesta história. Costuma-se dizer que atrás de um grande homem está sempre uma grande mulher. Este caso não é excepção. É graças a Elizabeth que George recorre a Lionel para que este o ajude a melhorar a sua dicção. E sem ela, ele não conseguiria ultrapassar todos os obstáculos, pois é ela quem está sempre a seu lado.
Para quem conhece, ou pesquisou entretanto, a história do Rei George VI, pode constatar que, realmente, o filme retrata perfeitamente os acontecimentos relatados.
O argumento do filme é espectacular. E ficamos a conhecer a história de um monarca que, talvez, antes não tínhamos ouvido falar.Acho que não escapou nenhum pormenor importante sobre a vida deste rei. E isso é uma mais-valia, tendo em conta que os filmes históricos devem ser isso mesmo: um relato real dos acontecimentos passados.
O papel de Colin Firth não deixa dúvidas: é, de longe, o actor merecedor do Óscar para melhor actor principal. A forma como ele desempenha a personagem é única! Remete-nos a pensar que ele é mesmo gago... E depois ficamos ainda mais surpreendidos por sabermos que não o é! Este é mesmo um dos melhores papéis que já fez.
É um dos melhores filmes que foram lançados este ano. E a Academia reconheceu esse facto.
Este ano, é o filme com mais indicações para os Óscares, com 12 nomeações. Nomeado para Melhor Filme, Melhor Realizador (Tom Hooper), Melhor Argumento Original (David Seidler), Melhor Actor (Colin Firth), Melhor Actor Secundário (Geoffrey Rush), Melhor Actriz Secundária (Helena Bonham-Carter), Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Banda Sonora Original, Melhor Direcção Artística, Melhor Figurino e Melhor Mistura de Som.
Na minha opinião, este é o filme que concorre ao Óscar mais directamente com "A Rede Social". É o filme mais forte para lhe fazer frente! Não estou a dizer que os outros não são bons, mas este é o tipo de filme que apela à sensibilidade das pessoas e que toca mesmo. E um dos factores positivos é que, também ele, é um filme que conta uma história verídica. O que faz com que a competição seja equilibrada. Este é o filme que eu quero que ganhe. Mas continuo a achar que "A Rede Social" irá levar a melhor!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

The Social Network - A Rede Social





Título Original: The Social Network
Género: Drama
Realização: David Fincher
Interpretação: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, JustinTimberlake, Rashida Jones
País: Estados Unidos da América











Sinopse: Durante uma noite de 2003, o génio da programação e aluno de Harvard, Mark Zuckerberg, começa a trabalhar no seu computador numa nova ideia. Aquilo que inicialmente era apenas uma mistura de programação e blogging, cedo se tornou numa rede à escala mundial, que revolucionou a forma de comunicar. Seis anos e 500 milhões de amigos depois, Mark Zuckerberg é o mais novo bilionário da História... mas o sucesso irá trazer-lhe problemas pessoais e legais.




 
 
 
 
Com mais de 500 milhões de utilizadores, o Facebook tornou-se, nos últimos anos, na rede social mais procurada a nível mundial. A inovação que esta rede social apresentou, agradou a todos, desde empresas a individuais. É uma forma de publicitar empresas e até de seguir o que os nossos ídolos andam a fazer!
Eu, como quase toda a gente, tenho uma conta no facebook. Acho que é uma rede social bastante acessível e fácil de compreender e onde podemos fazer várias coisas ao mesmo tempo... Desde seguir os nossos amigos, jogar, conversar...
Posto isto, acho completamente normal que façam um filme sobre o seu criador. Ainda por cima quando este se tornou no bilionário mais novo da História!
Tudo começou quando um jovem estudante de Harvard decidiu criar o "FaceMash", site onde os estudantes masculinos decidiriam qual das duas estudantes apresentadas era mais atraente. A adesão é de tal forma grande que os servidores de Harvard vão abaixo e este é suspenso durante seis meses.
A popularidade do site fez com que dois irmãos entrassem em contacto com Mark para colaborar na criação de uma espécie de rede social para Harvard, a "Harvard Connection".
Mais tarde, Mark fala com o seu amigo Eduardo sobre a sua ideia de criar uma rede social exclusiva para os alunos da universidade, chamada "Thefacebook". Eduardo concorda em ajudar Mark e dá-lhe US $1.000 para construir o site. Rapidamente, o site atinge o sucesso, mas os irmãos vão descobrir que a sua ideia foi roubada e querem processar Mark...
A trama desenvolve-se entre o que aconteceu no passado e o que acontece no presente. Acho que essa combinação está muito bem feita, para que possamos perceber os pontos fulcrais da história.
O filme está bem feito, para algo verídico. Acho que a história do homem que revolucionou o mundo das redes sociais não poderia ser contada da melhor forma. É um bom filme, mas não espectacular. O realizador também não tinha muito espaço de manobra, visto que é uma película que retrata factos. Se adicionassem factos ou alterassem os existentes, o filme deixaria de ter a sua essência... A essência de ser um "documentário" sobre Mark Zuckerberg. Documentário entre aspas, pois não atribuíram esse género ao filme. Mas seria o que eu lhe atribuíria.
Por ser um assunto tão actual, o filme teve uma adesão brutal. As críticas ao mesmo são excelentes e a comprová-lo estão as suas muitas nomeações para prémios, principalmente para os Óscares.
Sinceramente, eu não acho que seja um filme merecedor de ganhar. Porque é um bom filme, mas não grande. Não é excelente. Não é "o filme da nossa vida"! Acredito que David Fincher tenha feito um excelente trabalho e os actores e a equipa. Mas não me seduziu.
Quanto à nomeação de Jesse Eisenberg para melhor actor... A sua prestação deixa um pouco a desejar! Claro que não digo que é má. Porque não é, de todo! Mas para um Óscar, não é uma prestação marcante! Não cativa e apega o público à sua personagem durante toda a trama...
De qualquer forma, cada um tem direito à sua opinião e, para a crítica aclamar o filme e para a Academia o ter nomeado, é porque devem ver algo que eu não vejo!
Mesmo assim, continua sem me convencer.
Nomeado para Melhor Filme, Melhor Actor, Melhor Realizador, Melhor Argumento Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Banda Sonora e Melhor Mistura de Som, será um dos grandes concorrentes ao Óscar de Melhor Filme 2011!
Não é o meu preferido ao prémio mas, na minha opinião, vai levar o Óscar para casa!
 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Black Swan - O Cisne Negro

Este blog foi criado com o principal intuito de demonstrar os meus conhecimentos e opiniões acerca de uma das minhas paixões… o cinema! Aqui poderão encontrar opiniões minhas sobre filmes de géneros variados e poderão também demonstrar as vossas! O objectivo do blogue não é impor as minhas opiniões, mas sim partilhá-las com várias pessoas que concordam, ou não, com as mesmas.
Como estamos na época dos maiores prémios cinematográficos, os Óscares, irei começar por falar dos 10 filmes nomeados na categoria de Melhor Filme!




O Cisne Negro








Título Original: Black Swan (2010)
Género: Thriller
Realizador: Darren Aronofsky
Interpretação: Natalie Portman, Vincent Cassel, Mila Kunis
País: Estados Unidos da América











Sinopse: Nina é a bailarina principal do New York City Ballet e vê-se enredada numa teia de intriga competitiva com uma bailarina acabada de chegar à Companhia. Uma viagem excitante e por vezes aterradora através da psique de uma jovem bailarina cujo papel de Rainha dos Cisnes resulta num desempenho para o qual ela se torna assustadoramente perfeita.




Natalie Portman é, sem dúvida, a favorita ao Óscar de Melhor Actriz. A sua prestação neste filme está espectacular, talvez a seja a sua melhor performance! É uma grande actriz e, se não é merecedora do Óscar com este papel, não sei com qual será! Não imagino sequer alguém a fazê-lo com tanta garra e intensidade como ela.
A sua personagem, Nina, vê-se numa situação de busca do seu interior para conseguir interpretar o papel principal do bailado “O Lago dos Cisnes”. A perfeição que coloca na sua dança é a indicada para o papel do Cisne Branco. Mas para interpretar o Cisne Negro terá de se soltar. O medo e a insegurança vão invadi-la por completo, pois ela estará sempre com receio de ser substituída. A forma como a sua personagem se vai transformando no Cisne Negro é completamente sublime! As mudanças de comportamento, de aparência, da forma como dança…
As interpretações de Vincent Cassel e Mila Kunis ainda tornam a de Natalie melhor. A química entre os actores é espectacular e faz com que o seu trabalho conjunto tenha um resultado ainda melhor.
A complexidade imposta no filme assenta-lhe perfeitamente. A sequência dos acontecimentos e a forma como estes surgem é maravilhosa.
A pressão psicológica retratada demonstra claramente ao que estão sujeitos os artistas para conseguirem os papéis das suas vidas. A psicologia que envolve todos os personagens está muito bem conseguida. A forma como o director quer que Nina consiga o papel, mas ao mesmo tempo parece não se importar. E o modo como ele tenta fazer com que ela se solte…
É um filme muito bem conseguido e gostei bastante do seu conteúdo. O realizador soube retratar perfeitamente tudo o que envolve a produção de um grande espectáculo de bailado, com o seu glamour e o mais obscuro dos bastidores.
O desenvolvimento da personagem principal ao longo da trama é mesmo o melhor do filme. As emoções, as angústias, as mudanças… A mudança de uma pessoa tímida e perfeccionista para uma pessoa irreverente e que passa por cima de todos para conseguir protagonizar a perfeita Rainha dos Cisnes.
Na minha opinião, é um dos melhores filmes nomeados para a categoria. Se bem que acho que 10 filmes nomeados sejam demais. Só pode ganhar um. Não percebo o porquê de nomearem dez. Percebo que as nomeações sejam uma forma de conhecimento, mas nem todos os filmes merecem ser nomeados, mesmo que seja para completar a lista!
Nomeado para Melhor Filme, Melhor Actriz, Melhor Realizador, Melhor Fotografia e Melhor Montagem é, sem dúvida, um filme a ter em consideração. O reconhecimento merecido de um trabalho espectacular.