sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

The King's Speech - O Discurso do Rei







Título Original: The King's Speech (2010)
Género: Drama
Realização: Tom Hooper
Interpretação: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham-Carter
País: Inglaterra









Sinopse: Desde os 4 anos que George  é gago. Este é um sério problema para um integrante da realeza britânica, que frequentemente precisa fazer discursos. George procurou diversos médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes. Quando sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta de fala de método pouco convencional, George está desesperançoso. Lionel coloca-se de igual para igual com George e atua também como seu psicólogo, de forma a tornar-se seu amigo. Os seus exercícios e métodos fazem com que George adquira autoconfiança para cumprir o maior de seus desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce).



Se gostam de um bom filme histórico, esta é a película que vos vai manter agarrados ao ecrã! Talvez seja o afecto entre Elizabeth e George, ou a excentricidade de Lionel ou até, quem sabe, os excelentes gaguejos de George... Ou simplesmente, toda a história!
A história de George é comovente... Desde as causas da sua gaguez a ter-se habituado a escrever com a mão direita por obrigação... O alívio dele por não ser o sucessor directo ao trono e depois a sua angústia por achar que não foi feito para reinar. A sua vida comoveu os súbditos na altura e comove-nos a nós, passados cerca de 75 anos! A forma como ele não desiste de tentar melhorar a sua voz, mesmo que não possua muitas esperanças...
A personagem de Geoffrey Rush é espectacular. Um homem excêntrico, sem credenciais médicas, consegue o que muitos não conseguiram: devolver a George a sua auto-confiança. A questão central do filme não está em curar a gaguez do rei, mas sim transmitir-lhe coragem para que ele possa vencer os seus medos e tornar-se no soberano que o povo espera. É o único que consegue fazer com que George fale na sua infância e conte porque é tão problemático.
A personagem de Helena Bonham-Carter é essencial nesta história. Costuma-se dizer que atrás de um grande homem está sempre uma grande mulher. Este caso não é excepção. É graças a Elizabeth que George recorre a Lionel para que este o ajude a melhorar a sua dicção. E sem ela, ele não conseguiria ultrapassar todos os obstáculos, pois é ela quem está sempre a seu lado.
Para quem conhece, ou pesquisou entretanto, a história do Rei George VI, pode constatar que, realmente, o filme retrata perfeitamente os acontecimentos relatados.
O argumento do filme é espectacular. E ficamos a conhecer a história de um monarca que, talvez, antes não tínhamos ouvido falar.Acho que não escapou nenhum pormenor importante sobre a vida deste rei. E isso é uma mais-valia, tendo em conta que os filmes históricos devem ser isso mesmo: um relato real dos acontecimentos passados.
O papel de Colin Firth não deixa dúvidas: é, de longe, o actor merecedor do Óscar para melhor actor principal. A forma como ele desempenha a personagem é única! Remete-nos a pensar que ele é mesmo gago... E depois ficamos ainda mais surpreendidos por sabermos que não o é! Este é mesmo um dos melhores papéis que já fez.
É um dos melhores filmes que foram lançados este ano. E a Academia reconheceu esse facto.
Este ano, é o filme com mais indicações para os Óscares, com 12 nomeações. Nomeado para Melhor Filme, Melhor Realizador (Tom Hooper), Melhor Argumento Original (David Seidler), Melhor Actor (Colin Firth), Melhor Actor Secundário (Geoffrey Rush), Melhor Actriz Secundária (Helena Bonham-Carter), Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Banda Sonora Original, Melhor Direcção Artística, Melhor Figurino e Melhor Mistura de Som.
Na minha opinião, este é o filme que concorre ao Óscar mais directamente com "A Rede Social". É o filme mais forte para lhe fazer frente! Não estou a dizer que os outros não são bons, mas este é o tipo de filme que apela à sensibilidade das pessoas e que toca mesmo. E um dos factores positivos é que, também ele, é um filme que conta uma história verídica. O que faz com que a competição seja equilibrada. Este é o filme que eu quero que ganhe. Mas continuo a achar que "A Rede Social" irá levar a melhor!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

The Social Network - A Rede Social





Título Original: The Social Network
Género: Drama
Realização: David Fincher
Interpretação: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, JustinTimberlake, Rashida Jones
País: Estados Unidos da América











Sinopse: Durante uma noite de 2003, o génio da programação e aluno de Harvard, Mark Zuckerberg, começa a trabalhar no seu computador numa nova ideia. Aquilo que inicialmente era apenas uma mistura de programação e blogging, cedo se tornou numa rede à escala mundial, que revolucionou a forma de comunicar. Seis anos e 500 milhões de amigos depois, Mark Zuckerberg é o mais novo bilionário da História... mas o sucesso irá trazer-lhe problemas pessoais e legais.




 
 
 
 
Com mais de 500 milhões de utilizadores, o Facebook tornou-se, nos últimos anos, na rede social mais procurada a nível mundial. A inovação que esta rede social apresentou, agradou a todos, desde empresas a individuais. É uma forma de publicitar empresas e até de seguir o que os nossos ídolos andam a fazer!
Eu, como quase toda a gente, tenho uma conta no facebook. Acho que é uma rede social bastante acessível e fácil de compreender e onde podemos fazer várias coisas ao mesmo tempo... Desde seguir os nossos amigos, jogar, conversar...
Posto isto, acho completamente normal que façam um filme sobre o seu criador. Ainda por cima quando este se tornou no bilionário mais novo da História!
Tudo começou quando um jovem estudante de Harvard decidiu criar o "FaceMash", site onde os estudantes masculinos decidiriam qual das duas estudantes apresentadas era mais atraente. A adesão é de tal forma grande que os servidores de Harvard vão abaixo e este é suspenso durante seis meses.
A popularidade do site fez com que dois irmãos entrassem em contacto com Mark para colaborar na criação de uma espécie de rede social para Harvard, a "Harvard Connection".
Mais tarde, Mark fala com o seu amigo Eduardo sobre a sua ideia de criar uma rede social exclusiva para os alunos da universidade, chamada "Thefacebook". Eduardo concorda em ajudar Mark e dá-lhe US $1.000 para construir o site. Rapidamente, o site atinge o sucesso, mas os irmãos vão descobrir que a sua ideia foi roubada e querem processar Mark...
A trama desenvolve-se entre o que aconteceu no passado e o que acontece no presente. Acho que essa combinação está muito bem feita, para que possamos perceber os pontos fulcrais da história.
O filme está bem feito, para algo verídico. Acho que a história do homem que revolucionou o mundo das redes sociais não poderia ser contada da melhor forma. É um bom filme, mas não espectacular. O realizador também não tinha muito espaço de manobra, visto que é uma película que retrata factos. Se adicionassem factos ou alterassem os existentes, o filme deixaria de ter a sua essência... A essência de ser um "documentário" sobre Mark Zuckerberg. Documentário entre aspas, pois não atribuíram esse género ao filme. Mas seria o que eu lhe atribuíria.
Por ser um assunto tão actual, o filme teve uma adesão brutal. As críticas ao mesmo são excelentes e a comprová-lo estão as suas muitas nomeações para prémios, principalmente para os Óscares.
Sinceramente, eu não acho que seja um filme merecedor de ganhar. Porque é um bom filme, mas não grande. Não é excelente. Não é "o filme da nossa vida"! Acredito que David Fincher tenha feito um excelente trabalho e os actores e a equipa. Mas não me seduziu.
Quanto à nomeação de Jesse Eisenberg para melhor actor... A sua prestação deixa um pouco a desejar! Claro que não digo que é má. Porque não é, de todo! Mas para um Óscar, não é uma prestação marcante! Não cativa e apega o público à sua personagem durante toda a trama...
De qualquer forma, cada um tem direito à sua opinião e, para a crítica aclamar o filme e para a Academia o ter nomeado, é porque devem ver algo que eu não vejo!
Mesmo assim, continua sem me convencer.
Nomeado para Melhor Filme, Melhor Actor, Melhor Realizador, Melhor Argumento Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Banda Sonora e Melhor Mistura de Som, será um dos grandes concorrentes ao Óscar de Melhor Filme 2011!
Não é o meu preferido ao prémio mas, na minha opinião, vai levar o Óscar para casa!
 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Black Swan - O Cisne Negro

Este blog foi criado com o principal intuito de demonstrar os meus conhecimentos e opiniões acerca de uma das minhas paixões… o cinema! Aqui poderão encontrar opiniões minhas sobre filmes de géneros variados e poderão também demonstrar as vossas! O objectivo do blogue não é impor as minhas opiniões, mas sim partilhá-las com várias pessoas que concordam, ou não, com as mesmas.
Como estamos na época dos maiores prémios cinematográficos, os Óscares, irei começar por falar dos 10 filmes nomeados na categoria de Melhor Filme!




O Cisne Negro








Título Original: Black Swan (2010)
Género: Thriller
Realizador: Darren Aronofsky
Interpretação: Natalie Portman, Vincent Cassel, Mila Kunis
País: Estados Unidos da América











Sinopse: Nina é a bailarina principal do New York City Ballet e vê-se enredada numa teia de intriga competitiva com uma bailarina acabada de chegar à Companhia. Uma viagem excitante e por vezes aterradora através da psique de uma jovem bailarina cujo papel de Rainha dos Cisnes resulta num desempenho para o qual ela se torna assustadoramente perfeita.




Natalie Portman é, sem dúvida, a favorita ao Óscar de Melhor Actriz. A sua prestação neste filme está espectacular, talvez a seja a sua melhor performance! É uma grande actriz e, se não é merecedora do Óscar com este papel, não sei com qual será! Não imagino sequer alguém a fazê-lo com tanta garra e intensidade como ela.
A sua personagem, Nina, vê-se numa situação de busca do seu interior para conseguir interpretar o papel principal do bailado “O Lago dos Cisnes”. A perfeição que coloca na sua dança é a indicada para o papel do Cisne Branco. Mas para interpretar o Cisne Negro terá de se soltar. O medo e a insegurança vão invadi-la por completo, pois ela estará sempre com receio de ser substituída. A forma como a sua personagem se vai transformando no Cisne Negro é completamente sublime! As mudanças de comportamento, de aparência, da forma como dança…
As interpretações de Vincent Cassel e Mila Kunis ainda tornam a de Natalie melhor. A química entre os actores é espectacular e faz com que o seu trabalho conjunto tenha um resultado ainda melhor.
A complexidade imposta no filme assenta-lhe perfeitamente. A sequência dos acontecimentos e a forma como estes surgem é maravilhosa.
A pressão psicológica retratada demonstra claramente ao que estão sujeitos os artistas para conseguirem os papéis das suas vidas. A psicologia que envolve todos os personagens está muito bem conseguida. A forma como o director quer que Nina consiga o papel, mas ao mesmo tempo parece não se importar. E o modo como ele tenta fazer com que ela se solte…
É um filme muito bem conseguido e gostei bastante do seu conteúdo. O realizador soube retratar perfeitamente tudo o que envolve a produção de um grande espectáculo de bailado, com o seu glamour e o mais obscuro dos bastidores.
O desenvolvimento da personagem principal ao longo da trama é mesmo o melhor do filme. As emoções, as angústias, as mudanças… A mudança de uma pessoa tímida e perfeccionista para uma pessoa irreverente e que passa por cima de todos para conseguir protagonizar a perfeita Rainha dos Cisnes.
Na minha opinião, é um dos melhores filmes nomeados para a categoria. Se bem que acho que 10 filmes nomeados sejam demais. Só pode ganhar um. Não percebo o porquê de nomearem dez. Percebo que as nomeações sejam uma forma de conhecimento, mas nem todos os filmes merecem ser nomeados, mesmo que seja para completar a lista!
Nomeado para Melhor Filme, Melhor Actriz, Melhor Realizador, Melhor Fotografia e Melhor Montagem é, sem dúvida, um filme a ter em consideração. O reconhecimento merecido de um trabalho espectacular.